segunda-feira, 22 de junho de 2015

O voar não vem da asa..


" Os acasos só  favorecem os espíritos preparados "( Louis Pasteur – Biólogo – 1822/1895) e assim foi,  o acaso  fez com que este poema chegasse a mim:


“ Quem morre?

Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito
Repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
Quem faz da televisão o seu guru

Morre lentamente
Quem evita uma paixão
Quem prefere o preto no branco
E os pingos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções
Justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
Sorrisos dos bocejos,
Corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente
quem não viaja
quem não ouve música
quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente
quem  abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe .

Evitemos a morte em doses suaves,
Recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior
Que o simples fato de respirar, somente a perseverança fará com que conquistemos
Um estágio esplêndido de felicidade “

Pablo Neruda


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